segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O Ponto e a Vírgula

Ponto estava no ponto, quando avistou a Vírgula.
Ele, austero, ela, curvilínea.
Tímidos, mantinham sempre uma palavra ou uma sentença entre si.
No diálogo, ele, fatalista, ela, justaposição, adição, esclarecimento - uma graça!.
Entre amigos apenas, ele recordava, era reticente, enigmático, deixava para os outros as conclusões.
Com Vírgula, complementava-se.
Juntos formavam ideias, obtinham coerência, construíam de textos épicos a memes.
Juntos "podiam", em qualquer lugar, em todos os idiomas.
Como havia amor, Ponto, com sua linda Vírgula tiveram um filho, Ponto e Vírgula.
Mas, isso já faz tanto tempo!
Ponto e Vírgula, agora, anda por aí, pode ser encontrado.
Segue, no que pode, o rumo dos pais.
Para alguns, saiu ao pai...para outros, é evidente que puxou a mãe.
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domingo, 10 de setembro de 2017

Olá, (você sabe quem)

Primeiro, querido (você sabe quem!), o governo Lula/Dilma não foi um governo comunista. Por favor! Longe disto. Foi sim um governo de "programas socializantes", inovadores, voltados para uma grande parcela do povo, para a qual nada, ou muito pouco de bom havia sido feito em 503 anos de história do Brasil. Programas que de tão bons e inovadores chamaram a atenção do mundo ao Brasil, como o Bolsa Família (que movimentou direta e indiretamente a vida de 60 milhões de brasileiros), programas de ingresso de estudantes em desvantagem nas universidades, o Mais Médicos, o Minha Casa Minha Vida, e muitos outros.
Segundo, querido (você sabe quem), o conceito de esquerda não é um conceito monolítico (como certas cabeças). Esquerda não é só USSR ou Cuba. Países lindos maravilhosos como Alemanha, Holanda, países nórdicos e até o Japão tem programas ALTAMENTE socializantes em seus governos. O que você acha que são escolas públicas de qualidade para todos? Ou um sistema público de saúde que abrange a todos? Ou transporte público de alto nível gerido pelo governo e com tarifas justas? Ou ainda programas de habitação popular? Ou salário desemprego e programas de alimentação para pessoas com baixa renda? O que você acha que é tudo isto? Você acha que são programas capitalistas selvagens, plataformas vagabundas neoliberais? NÃO. São programas de países de primeiríssimo mundo com um forte investimento de governo - sim, interferência do governo, "mão" dos governos - no amparo e na equalização de suas populações. Estes governos são muito mais de "esquerda" que os governos de Lula/Dilma. E neles, como aqui foi, a inciativa privada não é tolhida, mas estimulada.
Num outro sentido, (você sabe quem), veja o que um país selvagemente capitalista, comandado por empresas, tem a oferecer a seu povo. Veja os EUA, onde a questão da saúde pública é sofrível. Não se chegou ali ao dedo mindinho dos sistemas existentes no Canadá, em Portugal, nos países listados acima, ou mesmo ao nível de CUBA!!!!. Mais de 60 milhões de americanos não tem acesso a um mero Posto de Saúde. E o sonhado e embrionário Obamacare está sendo desmontado por Trump. Já o sistema de ensino americano, que é mega abrangente, uma decisão maravilhosa (embora muito criticado pela qualidade) da década de 60, está agora sofrendo ataques silenciosos do governo atual.
Portanto, (você sabe quem), não é difícil ver qual é o melhor dos mundos. Não é preciso ver que este mundo bom que pode existir, é também um mundo em que os cidadãos caminham, através dos serviços públicos de qualidade e abrangentes, para uma equalização do padrão básico de vida. Com oportunidades equilibradas, não precisam de cotas em universidades, não precisam ganhar fortunas para ter vidas decentes, não precisam passar por cima dos vizinhos para sobreviver, não precisam de grades e de carros blindados.
É simples, querido (você sabe quem). Pare de ler e assistir mentiras no e na Globo, na Veja, Folha ou Estadão. Se quiser, lhe passo uma lista de autores e blogs que são honestos em suas colocações.

domingo, 13 de agosto de 2017


Liberem as drogas!

Se liberar as drogas, se o estado tiver um controle legal de sua venda, desmontaremos um universo de tráfico, de armações estratégicas de guerra no Brasil (Rio), e a droga renderá impostos aos cofres públicos. Pouparemos vidas, lágrimas, esforços e verbas, e ainda receberemos grana por isso.
Ah se o exército fosse esperto...

Mexicanização do Brasil

Quando alguém lhe disser que o Brasil está sofrendo uma mexicanização, lembre-se do que vou te dizer aqui em baixo:
A um amigo mexicano, engenheiro e jovem, foi oferecido um trabalho numa empresa estrangeira atuando no México, e o trabalho lhe interessou, pois era na sua área. Bem (...está sentado? ...), de segunda a domingo de 8 às 23 hrs.
(Restaurantes, cinemas e hotéis irão certamente à falência)

Um sonho geopolítico

Essa noite, tive um sonho geopolítico.
Sonhei que Lula era eleito em 2018 e estava às voltas com a criação da Comulatina. Uma comunidade internacional que ia do México ao Uruguai, passando por todos os países da América Central, caribenhos, os amazônicos e andinos, incluindo as nações indígenas de cada região.
Dirigentes e movimentos sociais estavam reunidos no Fórum Comulatina e discutiam a nova moeda, a Latina, e os intercâmbios de conhecimentos tradicionais, acadêmicos, tecnológicos, recursos, comércio e outros.
Movimentos de mulheres, LGBT, de negros e outros estavam em massa. Os espaços estavam lotados de jovens e crianças.
Lá fora, o estacionamento estava lotado de bicicletas, as fontes jorravam com água potável, havia gramados e árvores frutíferas. Enchemos o bolso com jabuticabas.
Percebi que aquilo era um sonho e senti que era viável. O dia então despertou. E fazia muito sol!

viver em redoma X viver livre e leve

Viver em um condomínio protegido por grades e seguranças, andar de carro blindado ou com vidro escuro, não usar jamais transporte público, cercar-se de empregados, delegando a vida, os filhos, a alimentação e tudo de essencial a pessoas que você emprega, mas que no íntimo menospreza....nada disso, a médio prazo é sustentável ou bom.
Sustentável e bom é viver com menos, conhecer as pessoas da rua, caminhar, comprar em lojas pequenas, pessoais, tomar parte na preparação da sua comida, olhar e acompanhar seus filhos, tudo sem exagero, com participação coletiva e compartilhamento de tarefas.
Sustentável é ser uma rainha e poder ir ao supermercado. Isso foi o que me contou uma amiga dinamarquesa há muitos anos, que encontrava a rainha Silvia na rua, no supermercado ou no café. Sem seguranças, sem pompa. Apenas um ser humano como o caixa, o garçon, você ou eu.